Morte de caseiro em Aquidauana reacende debate sobre práticas ilegais e interação inadequada com animais selvagens
Por Redação - 27/04/2025 • 05:00
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| Onça-pintada capturada após ataque fatal em Aquidauana; especialistas alertam para os perigos da aproximação humana indevida ao habitat natural do felino. (Foto: Polícia Militar Ambiental) |
Redação
O trágico falecimento do caseiro Jorge Avalo, de 60 anos, vítima de um ataque de onça-pintada na região de Touro Morto, em Aquidauana (MS), marca o primeiro caso fatal desse tipo no Brasil em duas décadas. O incidente ocorreu em uma área remota do Pantanal, onde Avalo realizava tarefas rotineiras na propriedade rural onde trabalhava.
Especialistas ressaltam que ataques de onças a humanos são extremamente raros e geralmente ocorrem quando o animal se sente ameaçado, está com fome ou defende seus filhotes. No entanto, práticas humanas inadequadas, como a "ceva" — alimentação intencional de animais selvagens para atraí-los —, têm sido apontadas como fatores que contribuem para a perda do medo natural desses felinos em relação aos humanos, aumentando o risco de confrontos.
A Polícia Militar Ambiental capturou a onça-pintada suspeita do ataque, um macho de aproximadamente 90 quilos, nas proximidades do local do incidente. Durante as buscas, os agentes enfrentaram desafios devido ao difícil acesso à região e à presença de outros felinos, o que evidenciou a complexidade de interações humanas em habitats naturais.
O caso de Jorge Avalo serve como um alerta sobre os perigos da imprudência humana em áreas de vida selvagem. A interação inadequada com animais silvestres, motivada por curiosidade ou práticas ilegais, pode resultar em tragédias evitáveis. Autoridades e especialistas enfatizam a importância de respeitar o habitat natural dos animais e seguir orientações de segurança ao adentrar essas regiões.
