IPCA de abril sobe 0,38% com pressão de alimentos e remédios, mas inflação anual desacelera

 Mesmo com o alívio no câmbio e a valorização do real frente ao dólar, inflação segue pressionada por demanda aquecida e reajustes em produtos farmacêuticos

Bado Caia News - 10/05/2025 - 05:00

FOTO: INTERNET — A alta nos preços de alimentos e medicamentos impulsionou o IPCA de abril, apesar da valorização do real.


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação no Brasil, registrou alta de 0,38% em abril, acelerando em relação ao avanço de 0,16% registrado em março. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar do aumento no mês, a inflação acumulada em 12 meses recuou de 3,93% para 3,69%, mantendo-se abaixo do centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 3% com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Os maiores impactos vieram dos grupos “Saúde e cuidados pessoais” (+1,16%) e “Alimentação e bebidas” (+0,70%). O aumento de 2,84% nos preços dos medicamentos, em especial, pesou no orçamento das famílias após o reajuste de até 4,5% autorizado pelo governo no fim de março.

O câmbio, que vinha pressionando os preços com a desvalorização do real, mostrou sinais de alívio em abril. O dólar encerrou o mês cotado a R$ 5,75, abaixo das previsões mais pessimistas do mercado, o que contribuiu para segurar os preços de produtos importados.

Apesar disso, o mercado financeiro segue projetando inflação acima da meta para 2025, com estimativa de 5,58%, segundo o Boletim Focus do Banco Central. A expectativa é reflexo de uma economia ainda aquecida, com consumo elevado e um Produto Interno Bruto (PIB) projetado para crescer 2,03% no ano.

A taxa básica de juros, a Selic, permanece em 13,25% ao ano. O Banco Central sinaliza que pode manter o aperto monetário caso as pressões inflacionárias persistam. A meta do governo é trazer a inflação de volta ao centro da meta, sem comprometer o crescimento econômico.

Fonte: CNN BRASIL

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