Anúncio reforça a política de austeridade do presidente Javier Milei e gera preocupações sobre impactos sociais
![]() |
Sede do governo argentino, a Casa Rosada é o centro das decisões que definem os novos rumos econômicos do país (FOTO: Casa Rosada) |
O governo da Argentina anunciou nesta semana que novos cortes fiscais, ainda mais profundos do que os já realizados, estão sendo planejados como parte de sua estratégia para reduzir o déficit e controlar a inflação. A medida faz parte do projeto econômico do presidente Javier Milei, que tem adotado uma linha rígida de austeridade desde que assumiu o cargo.
Segundo o porta-voz presidencial Manuel Adorni, as medidas visam “equilibrar as contas públicas a qualquer custo”, mesmo diante de críticas que apontam os impactos sociais negativos das decisões anteriores. Desde o início do mandato, Milei eliminou subsídios, cortou investimentos públicos e reduziu drasticamente o número de ministérios.
“O ajuste não terminou. Ainda há gordura para cortar, e será cortada”, afirmou Adorni durante uma coletiva de imprensa.
A política fiscal do governo tem sido alvo de protestos em todo o país, especialmente entre trabalhadores e movimentos sociais, que alertam para o aumento da pobreza e do desemprego. No entanto, o governo insiste que os sacrifícios são necessários para “reconstruir a economia” e atrair investimentos internacionais.
A previsão é que o novo pacote de cortes seja anunciado oficialmente nas próximas semanas, mas já causa repercussão nos mercados e entre parlamentares, que dividem opiniões sobre os rumos econômicos do país.
Fonte: Agência Reuters