Nova pesquisa reforça o papel da alimentação saudável na prevenção de doenças neurodegenerativas
Um estudo recente publicado na revista científica Nutrients aponta que o consumo regular de ovos pode ter um impacto significativo na redução do risco de Alzheimer, uma das doenças neurodegenerativas mais comuns e devastadoras do mundo. Segundo a pesquisa, indivíduos que consomem ovos semanalmente apresentaram um risco até 49% menor de desenvolver Alzheimer, em comparação com aqueles que não têm esse hábito alimentar.
A descoberta se baseia na análise de dados de mais de 630 participantes com idades entre 55 e 93 anos, acompanhados ao longo de seis anos. Os pesquisadores avaliaram os hábitos alimentares dos voluntários e os compararam com o desempenho cognitivo ao longo do tempo. O destaque foi para a colina, um nutriente encontrado em alta concentração na gema do ovo, que está diretamente associada à saúde cerebral.
A colina atua na formação de neurotransmissores, especialmente a acetilcolina, essencial para a memória e outras funções cognitivas. A deficiência dessa substância tem sido observada em pacientes com Alzheimer. Além disso, os ovos são fontes de outros nutrientes neuroprotetores, como vitaminas do complexo B, luteína e zeaxantina, que contribuem para a função cognitiva e a saúde dos neurônios.
Os especialistas ressaltam, no entanto, que o benefício está no consumo equilibrado. Comer de quatro a seis ovos por semana, dentro de uma dieta saudável e variada, parece ser o ideal para obter os efeitos protetores, sem os riscos que um consumo excessivo pode trazer.
Essa descoberta reforça a importância da alimentação como uma aliada na prevenção de doenças neurológicas. Embora o estudo não prove uma relação de causa e efeito definitiva, ele oferece evidências fortes de que incluir ovos na dieta semanal pode ser uma medida simples e eficaz para promover a saúde do cérebro ao longo da vida.
Fonte: Revista Nutrients