Caso mobiliza Ministério dos Direitos Humanos, OAB-AM e sociedade após agressão durante confraternização
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Amigos e familiares prestam homenagens a Fernando Vilaça da Silva, de 17 anos, vítima de um ataque brutal em Manaus (Reprodução/Redes Sociais). |
Fernando Vilaça da Silva, de 17 anos, morreu na madrugada de sábado (5), em Manaus, após ser brutalmente espancado no bairro Gilberto Mestrinho, zona leste da capital amazonense. O adolescente teria sido vítima de uma agressão com motivação homofóbica, segundo testemunhas que presenciaram o ataque.
De acordo com informações da Polícia Civil, Fernando foi socorrido e levado ao Hospital João Lúcio, onde passou por cirurgia. O jovem permaneceu internado em estado grave por três dias, com traumatismo craniano e hemorragia, mas não resistiu aos ferimentos.
Testemunhas relataram que o adolescente foi insultado com ofensas homofóbicas durante uma confraternização e, ao reagir, acabou sendo agredido por um grupo de indivíduos que fugiram após o ataque.
O crime gerou forte repercussão e mobilização de entidades de direitos humanos. O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania divulgou nota classificando o caso como homicídio qualificado com motivação LGBTQIAfóbica, destacando que esse tipo de violência é enquadrado como forma de racismo pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A Ordem dos Advogados do Brasil no Amazonas (OAB-AM), por meio de sua Comissão de Direitos Humanos, também repudiou o crime e apontou a homofobia como motivação. Já a Defensoria Pública do Estado acompanha o caso e presta apoio à família da vítima.
Colegas de Fernando na Escola Estadual Jairo da Silva Rocha prestaram homenagens ao adolescente, deixando mensagens de despedida e flores em sua carteira escolar.
A Polícia Civil do Amazonas segue com as investigações para identificar e prender os envolvidos no crime.
Fonte: Folha de S.Paulo