Brasil pode enfrentar colapso fiscal até 2027, apontam projeções econômicas

 Especialistas e órgãos internacionais alertam para o risco de desequilíbrio nas contas públicas, com crescimento da dívida e demora no ajuste fiscal.

Por Redação - 22/04/2025 • 13:56

Especialistas alertam: Brasil pode enfrentar colapso fiscal até 2027 se não houver controle da dívida pública. (Foto: Javier Ghersi/Getty Images)



Redação 

O Brasil pode enfrentar um colapso fiscal até 2027 caso não sejam adotadas medidas urgentes para conter o avanço da dívida pública e equilibrar as contas do governo. O alerta parte de projeções feitas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que indicam uma trajetória preocupante para a economia brasileira nos próximos anos.

De acordo com o relatório divulgado pelo FMI em outubro de 2024, a dívida bruta do país pode atingir 97,6% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2029. Além disso, o superávit primário — que é a diferença entre receitas e despesas do governo, desconsiderando os juros da dívida — só deve ser alcançado em 2027, o que indica um longo período de déficits e fragilidade fiscal.

Esse cenário acende um alerta para a possibilidade de o Brasil perder a capacidade de financiar suas despesas básicas, como saúde, educação e previdência, caso não avance com reformas estruturais. O aumento das despesas obrigatórias, o crescimento do déficit fiscal e a pressão sobre o teto de gastos são fatores que contribuem para esse risco.

Especialistas alertam que o país precisa, com urgência, retomar a responsabilidade fiscal e adotar políticas de contenção de gastos e estímulo ao crescimento sustentável. Sem isso, o risco de rebaixamento da nota de crédito e perda de credibilidade nos mercados internacionais aumenta significativamente.

No Congresso Nacional, técnicos da Câmara dos Deputados também vêm discutindo o risco de colapso fiscal, reforçando a importância de uma reforma tributária sólida e da revisão de benefícios fiscais que comprometem a arrecadação do Estado.

A situação exige decisões firmes e rápidas para evitar que o país entre em um ciclo de crise econômica e social difícil de reverter.

Com informações de: O Globo
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