Universidade alega violação constitucional e ameaça à liberdade acadêmica com bloqueio de verbas federais
Por Redação - 22/04/2025 • 05:03
![]() |
Imagem da Universidade de Harvard vista de cima, destacando os prédios históricos e a organização do campus em Cambridge, Massachusetts. (Foto: Getty Images) |
Redação
A Universidade de Harvard entrou com um processo contra o governo do ex-presidente Donald Trump após o congelamento de US$ 2,2 bilhões em financiamento federal destinado a pesquisas científicas e médicas. A ação foi protocolada na segunda-feira (21) em um tribunal federal e acusa a administração Trump de impor exigências políticas indevidas para a liberação dos recursos.
Segundo Harvard, o bloqueio dos fundos compromete pesquisas em andamento nas áreas de câncer, Alzheimer e outras doenças graves. Além disso, a universidade afirma que as exigências feitas pelo governo violam a Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que protege a liberdade de expressão e a autonomia das instituições de ensino.
O governo Trump justificou a medida alegando que Harvard não estaria combatendo adequadamente o antissemitismo no campus, especialmente após protestos ligados ao conflito em Gaza. A universidade, por sua vez, declarou que já adotou medidas para lidar com o problema e considera a suspensão dos recursos como uma ação arbitrária e politicamente motivada.
Além do congelamento bilionário, Harvard também corre o risco de perder sua isenção fiscal e o credenciamento necessário para receber estudantes estrangeiros, que representam cerca de 27% do total de alunos.
Outras instituições, como a Universidade Columbia, optaram por seguir as exigências do governo para manter seus financiamentos. Harvard, no entanto, decidiu contestar judicialmente, afirmando que ceder às pressões políticas comprometeria sua independência acadêmica.
Fonte: The Times, CNN Brasil, Bild, Cadena SER