Copom eleva taxa Selic para 14,75% ao ano, maior nível desde 2006

 Banco Central adota postura mais cautelosa após três altas consecutivas de 1 ponto percentual, sinalizando que futuras decisões dependerão de dados econômicos

Bado Caia News - 08/05/2025 - 11:06

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil



O Copom justificou a decisão com a necessidade de combater a inflação, que permanece acima da meta de 3% estabelecida pelo governo. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma inflação de 5,49% nos últimos 12 meses, indicando pressões inflacionárias persistentes 

Apesar do aumento, o Copom adotou uma postura mais cautelosa em relação a futuras elevações, destacando que as decisões dependerão da evolução dos dados econômicos. A autoridade monetária também mencionou a incerteza no cenário global, especialmente em relação às políticas comerciais dos Estados Unidos, como fatores que influenciam a política monetária brasileira.

O mercado financeiro já havia antecipado essa elevação, com 81% dos gestores consultados esperando um aumento de 0,50 ponto percentual na reunião de maio .

Com a Selic nesse patamar elevado, o setor produtivo, especialmente a indústria, expressou preocupações sobre os impactos negativos nos investimentos e no crescimento econômico. A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) afirmou que o aumento da taxa básica de juros penaliza o setor produtivo nacional.

Analistas projetam que, se a inflação continuar acima da meta e o cenário fiscal não apresentar melhorias, o Copom poderá manter a taxa elevada por um período prolongado. No entanto, há também especulações de que o ciclo de alta pode estar próximo do fim, dependendo da evolução da economia.

Em resumo, a decisão do Copom de elevar a Selic para 14,75% reflete a preocupação com a inflação persistente e a necessidade de uma política monetária mais restritiva. Contudo, a autoridade monetária sinaliza que futuras ações dependerão da análise contínua dos dados econômicos, mantendo uma postura flexível diante de um cenário global incerto.

Fonte: REUTERS

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