Trump anuncia investimento saudita de até US$ 600 bilhões nos EUA e retirada de sanções à Síria

 Anúncios foram feitos durante seminário com empresários como Elon Musk e Larry Fink; acordo militar com a Arábia Saudita é o maior da história, segundo a Casa Branca

Bado Caia News - 14/05/2025 - 07:06

Donald Trump e Mohammed Bin Salman durante encontro com empresários nos EUA – Foto: Reprodução)




O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (13) uma nova rodada de investimentos da Arábia Saudita em território americano. Os aportes, que podem chegar a US$ 600 bilhões, envolvem setores estratégicos como tecnologia, infraestrutura e defesa. O anúncio ocorreu durante um seminário em Washington com a presença do príncipe-herdeiro saudita, Mohammed Bin Salman, e líderes empresariais como Elon Musk (Tesla) e Larry Fink (BlackRock).

Parte dos recursos, cerca de US$ 300 bilhões, foi formalizada durante o encontro. O capital vem do Fundo Soberano Saudita, controlado pela monarquia, e faz parte da estratégia do país árabe de diversificar sua economia, reduzindo a dependência do petróleo.

Entre os destaques, está um grande investimento na Nvidia, empresa que lidera o desenvolvimento de microprocessadores voltados para inteligência artificial. Outro ponto de destaque foi o acordo de compra de US$ 140 bilhões em equipamentos militares por parte da Arábia Saudita. De acordo com a Casa Branca, esse é o maior pacto de cooperação militar da história entre os dois países.

Durante o seminário, Trump surpreendeu ao anunciar que os EUA retirarão as sanções econômicas contra a Síria, em vigor há mais de duas décadas. A decisão, segundo o presidente, foi motivada por um pedido direto de Mohammed Bin Salman e acontece após a queda do regime de Bashar Al-Assad no fim de 2024.

A agenda de Trump no Oriente Médio segue com visitas ao Catar e aos Emirados Árabes Unidos, mas não inclui Israel, o que gerou incômodo entre aliados históricos da Casa Branca. A tensão aumentou após a libertação do último refém americano na Faixa de Gaza, fruto de uma negociação direta com o Hamas. Além disso, diplomatas dos EUA participaram recentemente de reuniões com representantes iranianos em Omã, para discutir o programa nuclear de Teerã.

Outro ponto que chamou atenção foi o levantamento da CNN Internacional, que mostra que, desde a volta de Trump à presidência, empresas ligadas à sua família triplicaram os laços comerciais com regimes do Golfo Pérsico, incluindo campos de golfe, projetos imobiliários e operações com criptomoedas.

Fonte: CNN Brasil

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