Bombardeios coordenados em instalações nucleares iranianas ocorrem em meio a um cenário econômico já pressionado por inflação, conflitos e incertezas no comércio internacional.
Na noite de sábado (21), os Estados Unidos lançaram um ataque aéreo coordenado contra três importantes instalações nucleares no Irã: Fordow, Natanz e Esfahan. A ação, segundo o governo norte-americano, foi uma resposta a ameaças crescentes envolvendo o programa nuclear iraniano e movimentações militares suspeitas na região do Golfo Pérsico.
Em pronunciamento na Casa Branca, o ex-presidente Donald Trump afirmou que "o alvo dessa noite foi o mais difícil e letal", e destacou que, a partir de agora, “haverá paz ou uma tragédia maior para o Irã comparado ao que vimos nos últimos oito dias”. Trump ainda declarou que todos os aviões envolvidos retornaram em segurança, e que a operação foi “bem-sucedida”.
O ataque ocorre em um momento delicado para a economia global. Especialistas alertam que a escalada no conflito entre EUA e Irã pode gerar efeitos em cadeia, como o aumento no preço do petróleo, instabilidade nas bolsas de valores e impactos no comércio internacional. Países europeus e asiáticos já expressaram preocupação com a possibilidade de desdobramentos militares mais amplos.
A cotação do barril de petróleo tipo Brent chegou a subir 6% nas primeiras horas após o ataque, refletindo o receio de interrupções no fornecimento vindo do Oriente Médio — região responsável por cerca de um terço da produção mundial. Além disso, a tensão pode afetar o comportamento de investidores, que tendem a migrar seus ativos para opções mais seguras, como o ouro e o dólar, gerando ainda mais volatilidade nas economias emergentes.
Analistas afirmam que a crise acontece em um período já pressionado por desaceleração econômica global, inflação persistente e riscos de recessão em países desenvolvidos. A combinação desses fatores com o aumento do risco geopolítico pode resultar em uma retração nos investimentos e no crescimento mundial.
Governos e organismos internacionais, como a ONU, pedem moderação e diálogo imediato. Enquanto isso, o Irã ainda avalia sua resposta oficial ao ataque e promete "consequências severas" caso novos bombardeios ocorram.