Decisão estratégica pode impactar significativamente o comércio global de petróleo; Teerã promete retaliação em meio a tensões crescentes no Golfo Pérsico
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Imagem de satélite mostra o Estreito de Ormuz, entre Irã e Omã — região estratégica por onde passa cerca de 20% do comércio global de petróleo. (Foto: Jacques Descloitres/NASA) |
O Parlamento do Irã aprovou neste domingo (22) uma medida emergencial para o fechamento imediato do Estreito de Ormuz, uma das rotas marítimas mais importantes do mundo para o transporte de petróleo. A decisão foi anunciada após os ataques aéreos coordenados pelos Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas, intensificando o risco de um confronto direto entre as duas nações.
Segundo a agência de notícias Tasnim, ligada à ala conservadora iraniana, a votação foi concluída em caráter de urgência durante uma sessão extraordinária do parlamento, com o apoio da maioria dos deputados. A medida prevê o bloqueio completo da passagem de embarcações comerciais e militares, principalmente de países considerados "hostis".
O Estreito de Ormuz é um ponto geográfico estratégico que liga o Golfo Pérsico ao Mar de Omã, por onde transita cerca de um quinto do petróleo mundial. O fechamento do estreito pode provocar um aumento nos preços globais do petróleo e agravar ainda mais a instabilidade no Oriente Médio.
Em discurso televisionado, o presidente interino do Parlamento, Mojtaba Zonnour, afirmou que "qualquer agressão contra a soberania iraniana terá um custo elevado para os agressores". Ele ainda declarou que a resposta de Teerã será "firme, coordenada e proporcional".
Autoridades dos Estados Unidos ainda não comentaram oficialmente sobre a decisão iraniana, mas fontes do Pentágono ouvidas pela imprensa americana indicaram que o Departamento de Defesa já avalia possíveis rotas alternativas e medidas diplomáticas para conter a escalada do conflito.
Especialistas internacionais alertam para o risco de um colapso no fornecimento de energia global e pedem que líderes mundiais atuem para mediar a crise antes que ela se torne irreversível.
Fonte: Agência de Notícias Tasnim (Irã)