Brasil reforça empenho em negociação com EUA apesar de ameaça a exportações

 Ministro Haddad garante continuidade nas discussões e avalia medidas de apoio aos setores afetados.

Redação - 21/07/2025 - 16:06

(Foto: Imagem criada usando ChatGPT/Gazeta do Povo)


O governo brasileiro reafirmou, neste domingo (21), que continuará negociando com os Estados Unidos para evitar a aplicação de tarifas adicionais sobre produtos brasileiros. A declaração foi feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após a confirmação de que Washington estuda impor taxas de até 50% sobre as exportações do Brasil a partir de 1º de agosto.

Segundo Haddad, o Brasil já enviou duas cartas diplomáticas aos EUA manifestando preocupação e cobrando uma solução negociada. “Estamos à mesa de diálogo e não vamos sair dela. O Brasil defende uma relação comercial justa e equilibrada, e acredita que o entendimento ainda é possível”, disse o ministro em entrevista coletiva.

A medida americana, considerada por especialistas como uma retaliação indireta a práticas comerciais brasileiras, afetaria setores estratégicos como o agronegócio, siderurgia e indústria de base. No ano passado, as exportações brasileiras para os EUA somaram cerca de US$ 36 bilhões, e uma taxação desse porte pode impactar diretamente o PIB e o emprego no país.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que a equipe econômica prepare cenários de contingência para mitigar os efeitos de possíveis tarifas. Entre as medidas estudadas estão linhas de crédito para empresas exportadoras e estímulo a novos mercados.

“Nosso foco é proteger os setores produtivos e manter empregos no Brasil. Mas, ao mesmo tempo, estamos trabalhando para que isso não precise ser acionado, porque acreditamos no diálogo”, reforçou Haddad.

Analistas avaliam que o impasse pode se prolongar, visto o clima eleitoral nos EUA e o aumento de pressões internas naquele país para proteger o mercado local. O Itamaraty também está atuando junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) para avaliar possíveis medidas diplomáticas e legais.

Fonte: Agência Brasil




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