Asteroide 2024 YR4: Possibilidade de Impacto com a Terra em 2032 Aumenta para 3,1%

 Especialistas monitoram trajetória do asteroide e avaliam medidas de mitigação

20/02/2025 – Marciel Fortunato


(Foto: Internet)



A NASA atualizou recentemente a probabilidade de impacto do asteroide 2024 YR4 com a Terra em 22 de dezembro de 2032 para 3,1%, a maior já registrada para um objeto espacial. Descoberto em 27 de dezembro de 2024 pelo sistema ATLAS no Chile, o asteroide possui um diâmetro estimado entre 40 e 90 metros e viaja a uma velocidade de aproximadamente 61.000 km/h. Em caso de colisão, a energia liberada seria equivalente a quase oito megatons de TNT, capaz de devastar áreas urbanas em um raio de até 50 km. 

A trajetória potencial de impacto abrange regiões como o leste do Oceano Pacífico, norte da América do Sul, Atlântico, África, Mar Arábico e sul da Ásia, colocando cidades como Bogotá, Lagos e Mumbai em risco. Embora a chance atual de impacto seja de 3,1%, especialistas enfatizam que há uma probabilidade de 96,9% de que o asteroide não colida com a Terra. Observações contínuas estão sendo realizadas para refinar os cálculos orbitais e reduzir as incertezas. 

A Agência Espacial Europeia (ESA) também está acompanhando de perto o 2024 YR4. Devido ao aumento da probabilidade de impacto, a ONU ativou pela primeira vez o Protocolo de Segurança Planetária, reunindo especialistas para avaliar e propor medidas de mitigação. Entre as opções consideradas estão missões espaciais para desviar a trajetória do asteroide, similares à missão DART da NASA realizada em 2022, que demonstrou a viabilidade de alterar a órbita de objetos próximos à Terra. 

Observações adicionais estão planejadas até abril de 2025, quando o asteroide ficará oculto pelo Sol até 2028, dificultando o monitoramento. Durante esse período, telescópios espaciais, como o James Webb, serão utilizados para coletar dados e aprimorar as estimativas sobre o tamanho e a composição do 2024 YR4. Especialistas ressaltam que, embora a situação seja preocupante, é provável que a probabilidade de impacto diminua à medida que mais informações se tornem disponíveis. 

A comunidade científica permanece vigilante, reforçando a importância de programas de monitoramento e defesa planetária para identificar e mitigar ameaças potenciais de objetos próximos à Terra.


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